29/03/2014

a tarde é rebobinada por latidos domésticos carros avante e marretas esmigalhando ecos azulejados então vem a noite cadente e degradante por que a noite é uma criança arrebentada de asfalto debaixo do viaduto inter-estrelar no Centro os postes prostrados velam a velha angustia em sépia rara é a florescência a flor-essência das arvores invisíveis
lua cheia a rua é cheia de alcool sapateado saudades de casa.