a tarde é rebobinada por
latidos domésticos carros avante e marretas
esmigalhando ecos azulejados
então vem a noite cadente e degradante
por que a noite é uma criança
arrebentada de asfalto debaixo do viaduto
inter-estrelar no Centro
os postes prostrados velam a velha
angustia em sépia
rara é a florescência
a flor-essência
das arvores invisíveis
lua cheia
a rua é cheia de alcool
sapateado
saudades de casa.