o rio eufrates
mastiga calmamente
entre suas rugas ondulantes
o sufoco
do corpo
como se fosse o proprio
tempo
me debulho
em bolhas
de sabão
enxaguando
minhas miserias
sujas do almoço
e as algas
abraçam meus pés
por que o oceano
que há em mim
não tá pra peixe.
[dubio da poesia da Regina Azevedo]